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out 24 2017

O que é perspectiva?

Na transição entre a Idade Média e o Renascimento, um dos aspectos mais importantes na pintura foi a retomada do uso da perspectiva. Mas o que é perspectiva?

O que é perspectiva – a palavra

A palavra em si vem do latim – Perspicere – que significa “ver através de”. É a representação do que vemos de forma gráfica. Acontece que a tela onde se representa tem duas dimensões, e nós vemos em 3. Portanto, são necessárias técnicas que possam criar a ilusão de profundidade, ou seja, desta terceira dimensão.

Na Idade Média, os conhecimentos greco-romanos da perspectiva foram deixados meio de lado porque a pintura não devia imitar a realidade. Na transição desta época ao Renascimento, o pintor voltou a provar maneiras de representar graficamente sua realidade, ou aquilo que observava e gostaria de colocar na pintura.

O que é perspectiva – as técnicas

Existem diferentes técnicas de perspectiva, entre elas algumas mais simples como:

  • A diminuição das figuras conforme se distanciem do primeiro plano. Não é exatamente assim que vemos? Pense quando você olha desde um avião. Quanto mais ele sobe, parece que a cidade vai se fazendo pequena.

Paisaje con el Bautismo de Cristo
A figura de Cristo que está no primeiro plano é maior do que as figuras que se encontram do lado esquerdo. Isto diz ao espectador, que elas estavam a uma certa distância de Cristo, e produz a sensação de profundidade.

  • Esfumar as formas, o que está mais perto se pinta com mais nitidez, e o que está mais longe com menos. Você está na praia e vê teu ser amado, naquele momento estilo filme romântico, você sai correndo para os braços dele ou dela. Mas quando chega perto, percebe que se enganou, estava tão longe que não era possível ver com nitidez, mas quando se aproxima tudo fica mais claro! Assim também é a perspectiva!

O que é perspectiva
A construção do lado esquerdo do quadro é pintada com muita nitidez, podemos ver as janelas, uma torre, etc. Já as construções que estão mais distantes (ao centro) estão meio apagadas, não é possível observar seus detalhes. A diminuição da nitidez quanto mais longe esteja o objeto projeta uma ilusão de profundidade.

No século XV, alguns artistas começaram a escrever regras para a construção gráfica de imagens com volume. Mas esta é outra história …

As duas obras utilizadas são do pintor Patinir (1485 – 1524):
1a. “Paisagem com o Batismo de Cristo”, mede 60,1 x 76,8 cm. Está no Gemaldegalerie, em Viena.
2a. “Paisagem com as Tentações de Santo Antônio Abad”, mede 155 x 173 cm. Esta no Museu do Prado, em Madrid.

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